A RENÚNCIA DO EU[1]
"Convém
que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30 – ARA).
(Foto/Montagem: Adevertir Pogian)
Todo ser humano que desenvolve
um bom trabalho, anseia chegar ao pódio de sua vida profissional e ter o
reconhecimento de seus feitos. E, com razão você poderia dizer; afinal, se
dedicou. Mas, com João Batista o fato parece ser diferente!
1. O que levou João a possuir tão grande espírito de abnegação e renúncia do eu mediante a fama de Cristo?
2. Do seu exemplo de humildade o que podemos aprender para a vida prática?
3. Como é possível matar a altivez e tal como João poder dizer: “Ele [Jesus] cresça e que eu [João] diminua” (Jo 3:30)? Vejamos a seguir!
1. O que levou João a possuir tão grande espírito de abnegação e renúncia do eu mediante a fama de Cristo?
2. Do seu exemplo de humildade o que podemos aprender para a vida prática?
3. Como é possível matar a altivez e tal como João poder dizer: “Ele [Jesus] cresça e que eu [João] diminua” (Jo 3:30)? Vejamos a seguir!
II. APRENDENDO COM O EXEMPLO DE JOÃO BATISTA
1. Algumas considerações.
a) Como
precursor de Cristo
(Is 40:3; Ml 3:1; 4:5; Mt 3.3,11-12)[2], João tinha tudo para
ter um ministério prospero;
b) Ele era grande
pregador (Mc 1:5), foi comparado até com o profeta Elias (Lc 1:15-17, 80; Ml
4:5), pregava com ousadia (Mt 3:7-10;14);
c) Sua mensagem. Batismo
de arrependimento e remissão de pecados (Lc 3:3; Is 40:3-5);
d) Ele
batizou o próprio Jesus. O reconheceu como sendo o Filho de Deus (Mt 3:17; Mc 1:11; Lc 3:22; João 1:34), viu em
Cristo o Messias prometido, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João
1:29:36).
e) O Ministério de Cristo e o de
João. Cristo e seus discípulos estando na Judéia ali batizava e desenvolvia seu
ministério; João Batista também batizava “em
Enom, perto de Salim” (Jo 3:22, 23 - AEC). Jesus Cristo, logo se destacou,
conduzindo muitos ao batismo, mas João o Batista não buscou travar implicâncias
e se encher de orgulho, antes declarou: “Convém
que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30-ARA). Logo, foi preso e retirado da missão
sendo decapitado (Lc 3:19, 20; Mc 6:14-29).
2. Compreendendo a declaração de João.
a) “Covém que”. O termo vem do grego
“dei” aponta para “terceira a pessoa do singular presente ativo”, pode ser
definido como “é necessário” incitada a circunstância ou conduta de
outros em relação a nós “uma necessidade de lei e mandamento, de dever,
justiça... se relaciona com a salvação dos homens pela intervenção de Cristo e que é
revelado nas profecias do Antigo Testamento... relativo
ao que Cristo teve que finalmente sofrer, seus sofrimentos, morte,
ressurreição, ascensão”.[3] (Is 53; 1Pe 2:24; Fp 2:5-8; Mt 26:1-28:20; At 1:11). Por
meio do que Cristo fez, nos tornamos vitoriosos, não por nossos esforços
pessoais.
b) Por isso, “Cresça”. Quem? Cristo, o Senhor, Redentor e Salvador. Sendo uma “forma prolongada de um verbo
primário” (Gr. Auxano), indica “fazer crescer, aumentar...de uma
multidão de pessoas”;[4] o
sonho de João: milhares de almas fossem alcançados pelo plano salvífico de
Jesus Cristo (Jo 3:16; Mt 28:18-20; Ap 14: 6-12).
c) E, “eu diminua”. João [pecador], se via como (Gr. Elattoo) “menor
dentre os homens em dignidade, autoridade ou popularidade”[5],
tinha tanta convicção disso que, ao Olhar “com fé ao Redentor...erguera-se às alturas da abnegação. Não buscava
atrair os homens a si mesmo, mas erguer-lhes o pensamento mais e mais alto, até
que repousasse no Cordeiro de Deus. Ele próprio não passara de uma voz, um
clamor no deserto. Agora, aceitava com alegria o silêncio e a
obscuridade, para que os olhos de todos se pudessem voltar para a Luz da vida”.[6]
d) Dele Cristo
declarou: Certamente “ninguém apareceu maior do que João Batista” (Mt
11:11 - ARA). Pois, cumpriu seu dever e a si não se exaltou, mas a Cristo; foi
mártir (Jo 3:31,34; 5:30).
3. Aplicando a lição de João a nossa vida.
a) A renúncia
do eu. A exemplo de João sem rivalidade na missão, em Cristo seremos exaltados
(Is. 57:15)[7].
b) Precisamos reconhecer
nossa carência de Jesus. Seguir o seu conselho: "Se alguém quer vir após
mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lc 9:23; Mt 11:29;
16:24).
c) Saber que, “...Só
podemos receber da luz do Céu, à medida que formos voluntários em nos esvaziar
do próprio eu. Não podemos discernir o caráter de Deus, ou aceitar a Cristo pela
fé, a menos que consintamos em levar cativo todo pensamento à obediência de
Cristo. A todos quantos assim fazem, é o Espírito Santo dado sem medida. Em
Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos
nEle” (Cl. 2:9, 10)[8].
d) E, como
Paulo, podermos declarar: "[...] já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim" (Gl 2:20).
III. CONCLUSÃO
E APELO DIVINO
1. Entristece o coração de Deus, quando seu povo
se enche de orgulho (Pv 8:13; Sl 10:4; Pv
16:18-19), foi por esse motivo que Satanás foi atirado do céu a terra (Is
14:12-15). Deus extirpará os orgulhosos (Is14:22).
2. João Batista ao
invés de se vangloriar de seus feitos, em Jesus Cristo procurou se esconder,
dizendo: “Convém que ele cresça” (Jo 3:30 - ARA), e, por isso, foi por
Cristo exaltado (Mt 11:11).
3. É dever do
cristão buscar a humildade, a renúncia do eu tal como João Batista, Paulo e
tantos outros da Bíblia (2Cor 10:13).
4. “...os pobres
de espírito... deles é o reino dos céus” (Mt 5:3 - ARA). Deseja você fazer parte
disso, se esvaziar do eu em Jesus? Permita
Deus ser o seu tudo hoje!
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[1] Organizador: POGIAN, Adevertir. Sermões e Mensagens
bíblicas: A renúncia do eu. Disponível em <http://adevertir.blogspot.com.br/2017/09/a-renuncia-do-eu.html>. Acesso em: 2 set. 2017. Acesso em: 2 set. 2017. Digno de nota, o presente sermão não procura declarar que
a baixa autoestima deve ser parte da vida do cristão, mas trata-se de permitir
que a Soberania divina, o reconhecimento do Senhorio de Cristo torne-se parte
do viver e que Sua infinita Graça é melhor do que o refugiar-se no egoísmo
próprio. Quanto a Alta autoestima é de
grande importância a vida humana, sem ela somos grandes candidatos a sofrer
mentalmente, o próprio cristo, fala do valor da instabilidade da vida emocional
e sua cura (Mt 6:25-34) e quando utiliza a palavra paz, onde aponta para a cura
física, mental e espiritual (Jo 16:33) etc.
[2] Ver
mais sobre o assunto nos Evangelhos (Mc 1:2-3;
Lc 3:3-4; Jo 1:23).
[3]
STRONG, James. Dicionário Bíblico de Strong: Léxico Hebraico, Aramaico e
Grego de Strong. – Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002, 1163, 1210). Disponível em: http://www.cenovalianca.com.br/biblia/dicionario_biblico_strong.pdf.
[4] Ibid., (STRONG, p. 837).
[5] Ibid., (STRONG, 2002, p. 1640, 1642).
[6] WHITE,
Ellen G. O desejado de todas as nações: o amor de Deus revelado através
de Jesus. Tradução: Isolina A. Waldvogel. —Tatuí, SP: Casa Publicadora
Brasileira, 2007, 117.
[7]
Veja sobre o exemplo do próprio Cristo e por que foi honrado no trono celestial
(Jo 5:30; Heb. 1:9).
[8] Ibid.,
(WHITE, 2007, p. 117-118). Ver ainda (O maior Discurso de Cristo, p. 14-15) de
Ellen G. White. E mais em (Testemunho Seletos, Vol. 9, p. 189-190).
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