DA ESCRAVIDÃO À LIBERDADE[1]
Tese: evidenciar a profundidade do amor e graça de Deus em dar o Seu
Filho unigênito para morrer em lugar do pecador escravizado no pecado,
oferecendo-lhe uma nova vida, liberdade e oportunidade de regressar ao novo
Éden, a morada eterna que Ele está preparando para àqueles que pela fé
aceitarem-nO e nEle perseverar até o fim.
I. INTRODUÇÃO
As Escrituras Sagradas registram
que no ato da criação do homem, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26), também sabemos que Ele os fez livres, prontos
para adorá-Lo em amor e ter vida plena por meio da obediência sincera a Ele e
as Suas leis (Gn 2:9; 15-17). Contudo, quando o homem escolheu o pecado ele se
tornou ausente do Senhor, escravizado no erro e condenado à morte (Gn 3:1-6,
22; Is 24:5; 59:2; Rm 5:12-14; 6:23a); é evidente ainda, que a história da
humanidade não parou na desgraça e sim na graça, no amor incondicional de Deus
que mediante Cristo ultrapassou as barreiras do pecado mortal! O favor
imerecido foi oferecido ao errante, a liberdade da condenação eterna entregue
àqueles que viessem aceitar pela fé a Jesus como Seu Senhor e Salvador pessoal
e, assim poder viver corretamente durante a jornada cristã até que em glória se
manifestará pela segunda vez Cristo, para buscar aos fiéis que nEle se
mantiveram (Rm 1-8; 1Cor 15:50-58; Ef 2:1-10).
II. DA ESCREVAIDÃO À LIBERDADE
1. A vida sem Cristo (1-3, 11-12). A vida sem Cristo é a vida da
escravidão do pecado, rebelião, desobediência, transgressão, obras da carne, de
filhos da ira e morte espiritual. Na vida passada, antes de aceitar a Cristo
como Senhor e Salvador pessoal:
a) Erámos seguidores do Príncipe das
trevas, Satanás! Desobedientes, estávamos mortos, presos nas transgressões e o
pecado (Jo 12:31; 16:11; 2Cor 4:4). Paulo explica: “Vocês estavam mortos em
suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a
presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora
está atuando nos que vivem na desobediência” (Ef 2:1,2 - NVI);
b) Alimentávamos a natureza
pecaminosa, os pensamentos e os desejos da carne e, por isso, erámos filhos da
ira, da condenação e morte eterna (Gn 3:1-6; Rm 6:16; Gl 5:19-21). Paulo
esclarece: “Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo
as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os
outros, éramos por natureza merecedores da ira” (Ef 2:3 – NVI).
2. A vida com Cristo (4-10, 13-22).[2] A vida com Cristo é aquela que traz a liberdade, a
graça de Deus por meio do resgate, a identificação com Cristo por amor e pela
fé nEle. Na vida depois que somos justificados pela fé, por aceitamos a Cristo
como Senhor e Salvador pessoal:
a) Deus mediante Cristo buscou e
encontrou o pecador errante (amor incondicional): sendo Ele “rico em
misericórdia, pelo grande amor com que nos amou” (Ef 2:4; cf. Gn 3:8-9, 15, 21;
Jo 1:29; 3:16; Lc 19:10);
b) Deus mediante Cristo levou o
pecador errante a viver uma vida com Ele (batismo – Justificação pela fé):
“Mortos” no pecado (Ef 2:5a; Rm 3:23; 6:23a), Deus “nos deu vida juntamente com
Cristo, - pela graça sois salvos” (Ef 2:5b, 13; 3:3 e 5; Rm 6:4-5; 2Cor 5:17);
c) Deus mediante Cristo dá um novo
status ao pecador errante no Céu (filhos e filhas de Deus): “Com ele, nos
ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef
2:6, 19-22; cf. Rm 3:21-26; Jo 1:12-13);
d) Deus mediante Cristo concede a
“graça” ao pecador errante (favor imerecido): faz uma troca da “morte” pela
vida (6:23b; Gl 3:10) mediante a “fé” (Ef 2:7-8; cf. Rm 3:24);
e) Deus mediante Cristo convida o
pecador errante para exercer na prática (Santificação – fé e obras juntas): uma
vida exemplar, de transformação, de “obediência por fé” (Rm 1:5; 16:26), uma
“fé que atua pelo amor” (Gl 5:6 e 14), por meio dEle como resultado do resgate
do pecado (Ef 2:9-10, 14-18; Rm 3:20; Gl 2:10; 5:16-18, 22-26; 6:1-11; 12:1-2;
1Jo 2:3-6).
3. O resultado final da vida com Cristo. Será o
momento da recompensa:
a) Será o cristão glorificado como
resultado de uma vida de santificação diária e por ter aceitado a Cristo como
Seu Senhor e Salvador pessoal, sendo assim justificado por Ele pela fé (Tt 3:5;
1Cor 1:18; Mt 24:13; Rm 5:9; 1Cor 15:51-54; Ap 21);
b) Receberá as vestes brancas e a
coroa da vitória do próprio Cristo e viverá por toda eternidade com Ele (Ap
2:10; 3:5);
c) Julgará àqueles que rejeitaram
ao Seu Senhor, Cristo (1Cor 6:2 e 3; Ap 2:26-27; 21:4a, 5, 11-15).
III. APELO DIVINO
1. Viver sem Cristo, é viver uma
vida sem sentido, sem rumo e direção;
2. Viver com Ele, é dar um
significado a vida, é encontrar um norte pelo qual resultará numa vida de
alegria e completa paz.
3. Contudo, Jesus só pode nos
convidar, pois forçar não faz parte dos Seus atributos!
4. Seu ardente desejo é que O
aceitemos pela fé e possamos experimentar uma vida de total dependência dEle; desse
modo, vivermos alegrias ao Seu lado e passarmos por duras provas tendo-O como
nosso guia seguro.
[1]
Produzido por Adevertir Pogian que é Bacharel em Teologia pela Faculdade
Adventista da Amazônia (FAAMA).
[2]
Adaptado de Bíblia de Estudos Andrews
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2015), p. 1535.
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