ENVIA-NOS O REAVIVAMENTO

 Série: Se o Meu povo orar[1]

Texto chave: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. (2Crônicas 7:14 – ARC).

Sexta Parte: E Buscar a Minha Face.

XIV. ENVIA-NOS O REAVIVAMENTO

1. Texto para reflexão. “— Ao anjo da igreja de Laodiceia escreva o seguinte: “Esta é a mensagem do Amém, da testemunha fiel e verdadeira, daquele por meio de quem Deus criou todas as coisas. Eu sei o que vocês têm feito. Sei que não são nem frios nem quentes. Como gostaria que fossem uma coisa ou outra! Mas, porque são apenas mornos, nem frios nem quentes, vou logo vomitá-los da minha boca. Vocês dizem: ‘Somos ricos, estamos bem de vida e temos tudo o que precisamos.’ Mas não sabem que são miseráveis, infelizes, pobres, nus e cegos. Portanto, aconselho que comprem de mim ouro puro para que sejam, de fato, ricos. E comprem roupas brancas para se vestir e cobrir a sua nudez vergonhosa. Comprem também colírio para os olhos a fim de que possam ver.” (Apocalipse 3:14-19, NTLH).

2. A igreja na contemporaneidade e a grande necessidade de “reavivamento” espiritual. Tratando sobre nossa grande necessidade de “reavivamento” espiritual como Igreja de Deus na atualidade, Maxwell nos leva a refletir sobre a nossa condição, ele diz:

 “Os sinais de desidratação prevalecem. Nossas almas estão desidratadas. Nossas gargantas estão duras e doem. Estamos secos e em desesperada necessidade das refrescantes águas do Espírito Santo. Muitos de nós, no entanto, já estamos tão acostumados com a ausência do Espírito que, à semelhança de várias plantas do deserto, ficamos adaptados ao nosso seco habitat.”[2]

3. Somos uma espécie de “Habitantes do deserto”.

Estamos acostumados com adaptações e criações de meios para esconder o pouco que temos para que outros não tenham acesso tais como plantas das geografias desérticas. Como explica Maxwell:

“Algumas plantas do deserto têm raízes superficiais que se espalham e se estendem para poderem fazer captação rápida da umidade superficial dos orvalhos pesados e das chuvas ocasionais. Assim, também nós, quando nos adaptamos à nossa sequidão espiritual, nos tornamos cristãos superficiais que, muitas vezes, ficamos “satisfeitos com uma pequena onda na superfície, quando é o nosso privilégio esperar os profundos movimentos do Espírito de Deus.”[3]

Estamos levando em nossa jornada cristã uma vida rasa, sem aprofundamento espiritual por deixarmos de lado o estudo da Palavra e não praticarmos constantemente a oração. “Ficamos facilmente ofendidos, desanimados e enfadados com as coisas de Deus. Somos bebês espirituais, “capazes de nada mais do que mamar ao peito” (l Coríntios 3:2, Versão The Message).”[4]

4. Somos como árvores cheia de folhas e flores, mas que não produz frutos: “Embaixo, mas não fora”.

Ou seja, estamos fazendo uso da graça sem promover a outros as novas do evangelho de forma que possamos produzir frutos para a eternidade. Analisemos um exemplo deixado por Cristo para compreendermos a questão. O evangelista Lucas pontua: “Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume.” (Lucas 13:6-7, ARA).

Nos faz pensar Maxwell: “Apesar de nossas flores enrugadas, apesar de nosso crescimento raquítico, o Senhor não tem intenção de nós jogar fora. A despeito de todos os prevalecentes sinais de sequidão e morte, a Igreja, como o meu gerânio, ainda está viva, e o Senhor cuidará dela (veja Isaías 27:2 e 3).”[5]

Agimos de outro modo, a semelhança das plantas, para nos adaptar no deserto da nossa vida de mornidão espiritual. Como observa Maxwell:

“As plantas têm outras maneiras de se adaptar à seca. Algumas delas, chamadas suculentas, armazenam água no tecido espesso e carnudo de suas folhas, caules e raízes. Os espinhos, que são folhas modificadas, úteis para guardar a água e proteger contra animais invasores. Quando não existe muito do Espírito Santo ao redor, os cristãos adaptados ao deserto escondem o pouco que têm. Não temos o suficiente para nós mesmos nem para compartilhar com os outros e, por isso, guardamos o que temos e nos tornamos endurecidos, mãos-fechadas e espinhosos.”[6]

Mas, necessitamos compreender que por mais que haja a nossa disposição “um tempo de graça” para que nos envolvamos em essência com Cristo e Sua missão, não devamos cruzar os braços; precisamos nos despertar do sono anestesiante da negligência, pois estamos vivendo na “última hora” deste mundo hostil (1João 2:18).

5. É de grande urgência que oremos por nosso “reavivamento” espiritual.

Como pontua Maxwell: “O perdão de nossos pecados e a cura do laodiceanismo de nossas igrejas virão quando orarmos.”[7] E, como disse Ellen G. White: “Só podemos esperar um reavivamento em resposta a oração.”[8]

Podemos e precisamos estar certos como ressalta Maxwell: “Mas, antes de podermos ver as evidências do novo surgimento de vida espiritual, na igreja e no mundo, há pelo menos seis coisas que precisamos levar em consideração enquanto nos empenhamos em assumir o trabalho de buscar a face de Deus para obtermos o reavivamento”. [9]

Então, Maxwell sugere:

·         Sobretudo, “Precisamos estar dispostos a ser reavivadosA única coisa que impede a vida do reavivamento é a falta de interesse em procurá-lo, por parte do povo de Deus.”[10] Como pontua White: “Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nós encontramos carecidos de preparo para recebê-la.”[11] 

·         Segundo, “Orar pelo reavivamento envolve trabalho.”[12]  Nos explica Wellington Boone: “Oração é trabalho. É trabalho abençoado, mas é trabalho. ... O principal pecado da igreja hoje é a preguiça. Temos preguiça de orar. Preguiça de efetuar mudanças em nós mesmos. Preguiça de fazer boas obras. Certamente temos tido preguiça de orar por um grande reavivamento espiritual na América.”[13] Já sabemos que Satanás ama ver os cristãos estagnados sem buscarem por Deus através da oração e o estudo de Sua palavra como evidência Ellen G. White: “Não se fazendo um esforço especial para resistir ao seu poder, prevalecendo a indiferença na igreja e no mundo, Satanás não se preocupa; pois que não se acha em perigo de perder os que está levando em cativeiro, à vontade. ... Satanás bem sabe que todos quantos ele pode levar a negligenciar a oração e o exame das Escrituras, serão vencidos por seus ataques. Portanto, inventa todo artifício possível para ocupar a mente.”[14]

·         Terceiro, “O reavivamento tem que ser combinado com a reforma.” [15] Noutras palavras, como destaca Maxwell: “Simplificando, tão logo Deus consiga a nossa atenção para ouvir a Sua voz temos que obedecer ao que Ele diz.”[16]

·         Quarto, “O reavivamento precisa ser mantido com a oração.”[17]

·         Quinto, “O reavivamento requer oração extraordinária.”[18] Ou seja, sair do normal, viver seguindo os planos de Deus. Desenvolver o amor a Deus e ao próximo de forma abnegada, fazer sem desejar algo em troca, mas pelo simples fato de saber que a recompensa vem do Senhor não de homens (1João 4:20 e 21; Mateus 6:6). Agir como descreve Bill McCartney: “Que toda a igreja pleiteie em uníssono pelo coração de Deus e pela solução de Deus para trazer a reconciliação. Possam todos os nossos guerreiros de oração trabalhar horas extras além do expediente. Possa o pulso do Corpo de Cristo ser vivificado e não descansar até que possamos ver uma mudança. E que isso possa começar por você e por mim.”[19]

·         Por fim, “O reavivamento é trabalho de Deus.”[20] Como esclarece White: “[Cristo] está pronto para suprir cada alma na medida da capacidade em que tem para receber. Portanto, não nos satisfaçamos com apenas um pouco dessa bênção, somente a quantidade que evitará que dormitemos até morrer, mas busquemos diligentemente a abundância da graça de Deus. ... Unicamente aos que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à Sua guia e graça, é concedido o Espírito. O poder de Deus aguarda que o peçam e recebam.”[21]

6. Desafio. “Viva” e “Ande no Espírito” (Gálatas 5:25). Em todas as suas palavras e atos no âmbito de sua vida pessoal, social e espiritual, procure desenvolver o fruto do Espírito Santo, tais como: “o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio.” (Gálatas 5:22 e 23a, NTLH).

 

Assista "Envia-nos o Reavivamento" 

(canal YouTube: Pr. Adevertir Pogian) 


Material disponível em PDF: Baixar (fazer download)




[1] Adaptado por Adevertir Pogian da obra de Randy Maxwell, Se meu povo orar (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 12-172. Disponível em: http://adevertir.blogspot.com/2021/04/envia-nos-o-reavivamento.html

[2] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 140-141.

[3] Ellen G. White, Minha Consagração Hoje (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989), p. 57 citado por (Maxwell, Se meu povo orar, p. 141).

[4] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 141.

[5] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 142.

[6] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 141.

[7] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 143

[8] Ellen G. White, Mensagens Escolhidas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985), vol.1, p. 121.

[9] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 144.

[10] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 144.

[11] Ibid., White, Mensagens Escolhidas, vol.1, p. 121.

[12] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 145.

[13] Wellington Boone, “Why Man Must Play” [Por que os Homens Precisam Orar], em Seven Promises of a Promise Keeper, ed. Lá Janssen (Colorado Springs, Colo.: Focus on the Family Publishing, 1994), p. 30 citado por (Maxwell, Se meu povo orar, p. 146).

[14] Ellen G. White, O grande Conflito (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1987), p. 523 e 524.

[15] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 146.

[16] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 146.

[17] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 147.

[18] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 147.

[19] Bill McCartney, “A Call to Unity” [Um Chamado à Unidade] em Seven Promises of a Promise Keeper [Sete Promessas de um Guardador de Promessas], ed. Al Janssen (Colorado Springs, Colo.: Focus on the Family Publishing, 1994), p. 30 citado por (Maxwell, Se meu povo orar, p. 149-150).

[20] Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 150.

[21] Ibid., White, Minha Consagração Hoje, p. 57.

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