O POVO DO NOME

 Série: Se o Meu povo orar[1]

Texto chave: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. (2Crônicas 7:14 – ARC).

Terceira Parte – Que Se Chama Pelo Meu Nome.

VI. O POVO DO NOME

Depois de avaliarmos e compreendemos os significados, implicações e aplicações dos termos “Se” e, “o Meu povo” que se referem a primeira e segunda parte de 2Crôpnicas 7:14, avançaremos fazendo análise das demais palavras e frases do texto. No presente estudo, avaliaremos a frase: “Que se chama pelo Meu nome” de 2 Crônicas 7:14.

1. Texto para reflexão: “Torre forte é o nome do Senhor; à qual o justo se escolhe e está seguro” (Provérbios 18:10).

2. A construção da identidade. A construção da Identidade de uma pessoa solicita alguns componentes básicos. Por exemplo:

·         Nome e sobrenome: quem você é?

·         Filiação: pai e mãe (linhagem)?

·         Naturalidade: local de origem (Cidade e Estado)?

·         Data de nascimento: quando nasceu (dia, mês e ano)?

·         Registro geral: número de identificação?

Interessante notar que Deus se dirige a Salomão se referindo ao Seu povo como aqueles que O chama pelo Seu “nome”. Logo precisamos compreender as implicações disto. Conforme o Dicionário da língua portuguesa Aurélio, a “Etimologia (origem da palavra nome)” provém do “latim nomen.inis” e tem que ver com a “Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém [uma pessoa]”.[2] Maxwell relata que: “O nome é o mais básico elemento da identidade de uma pessoa. O seu nome estabelece quem você é, bem como onde você se encaixa na família humana. Estabelece o seu lugar na árvore genealógica, e lhe dá raízes geográficas, históricas e de parentescos. Poucas coisas são tão pessoais como o seu nome”.[3] No texto a palavra “nome” oriundo do hebraico “Shem” pode denotar: “Nome” título de Deus, uma referência a Sua reputação diante dos Seus filhos que com Ele se relacionam e compartilham coisas entre si. O exemplo dado por Maxwell do que acontece no casamento é bem oportuno para compreendermos o assunto; se referindo ao seu casamento, ele esclarece: “Compartilhar um nome significa compartilhar uma vida. O meu povo se tornou o povo dela – e vice-versa. Meus interesses, necessidades, sonhos e planos tornaram-se nossos interesses, necessidades, sonhos e planos. Duas pessoas tornaram-se uma e, embora permaneça intacta a individualidade de cada um, nós dois somos identificados pelo mesmo vínculo – o meu nome”.[4] Veremos que é exatamente isto que Deus faz com o Seu povo.

3. O que há em um nome? Segundo Maxwell, “Nos tempos bíblicos, o nome significava quem você era ou deveria ser. Jacó “suplantador[5]” (você e eu diríamos “o que tira vantagem”), viveu à altura do seu nome e tomou o direito de primogenitura de seu irmão Esaú. Davi, “amado”, tornou-se o maior e mais amado rei de Israel. Ele foi também “a menina dos olhos de Deus”.[6] Ele ainda apresenta outro nome: “A esposa de Finéias, ao ouvir a notícia de que seu esposo e seu sogro haviam morrido e de que a arca de Deus havia sido capturada, entrou em trabalho de parto difícil e deu à luz um filho. Enquanto morria, deu ao filho o nome Icabode, “foi-se a glória”, dizendo: “Foi-se a glória de Israel, pois foi tomada a arca de Deus” (I Samuel 4:22)”.[7] Enfim! Está claro, como ressalta Maxwell que “O nome carrega consigo tradições, traços de caráter e atributos que definem quem você é e ajudam a revelar alguma coisa sobre as suas origens e procedência”. [8]  

4. Somos “Chamados pelo nome de Deus”, Ele nos dá o Seu nome.

a) Os nomes de Deus. Os muitos nomes que Deus possui, de acordo com Maxwell “descrevem quem Ele é – o Seu caráter e os Seus atributos”.[9] Por exemplo[10]:

·         “Eu sou [Jerovah-ropheka] o Senhor que te sara” (Êxodo 15:26);

·         “Eu sou [Jehorvah-meqaddeshkem] o Senhor vos santifica” (Êxodo 31:13);

·         Nas palavras de Davi “Jehovah-roi”, Aquele que é “o Senhor meu pastor” (Salmo 23:1);

·         Abraão se referindo há um lugar de milagre, o chamou de “Jehovah-jireh”, “O Senhor proverá” (Gênesis 22:14);

·         Moisés erigindo um altar, o denominou “Jerovah-nissi”, “O Senhor é a minha bandeira” (Êxodo 17:15);

·         Gideão edificando um altar ao Senhor, “lhe chamou de [Jehovah-shalom] O Senhor é paz” (Juízes 6:23 e 24) aludindo a Cristo;

b) Deus nos dá Seu nome. Precisamos ter a ciência de que mencionamos anteriormente apenas alguns dos nomes que Deus recebe, há inúmeros outros que poderiam ser citados; mas um fato que precisamos lembrar: “é pelo Seu nome, com todos os seus significados, que Ele chama a você e a mim.[11] Quando você declarou publicamente o seu amor e a sua lealdade a Cristo – quer tenha sido numa tenda evangelística com a doce fragrância de pó de serragem a penetrar suas narinas, ou nas frias águas de um rio, ou no batistério de uma igreja diante dos rotos radiantes de seus familiares – e emergiu das águas batismais, você tomou o nome dEle como o seu próprio”.[12] Foi assim, que “Você tomou a tocha da salvação, que passou de mão em mão através de um imensa linha de “seguidores do seu nome”, e recebeu de Deus a comissão de levar esse nome perante o mundo”.[13] Que tarefa extraordinária!

5. O chamado de Deus à oração é para que recebamos e revelemos a Sua glória para um mundo em trevas espirituais.

Fomos chamados das trevas para a luz recebendo de Cristo a missão de refletirmos a verdade por Seu intermédio (Mateus 5:14-16; 28:18-20; 1Pedro 2:9e 10). Devemos entender sem sombras de dúvidas, como diz Maxwell: “O chamado à oração é um chamado para primeiro receber e depois revelar a glória de Deus – para experimentar e viver em Sua venerável presença. Não é a voz de um estranho ou de um inimigo que está a nos chamar. É a voz de Alguém que nos conhecia e nos amava com amor eterno antes de nascermos (Salmo 139:13-16); Alguém que provê, redime, sara, santifica, pastoreia e salva. Alguém que pagou com Sua vida a fim de nos conceder o Seu nome”.[14]

Desse modo, podemos dizer como conclui Maxwell: “A verdadeira oração acontece quando respondemos ao chamado de Deus para levar e possuir o Seu nome”.[15]

6. Desafio. Refletir sobre o que tem impedido você de aceitar verdadeiramente o chamado de Deus para levar o Seu nome com seriedade. Passe um pente fino em sua memória, analise as ações do seu dia a dia, relembre onde possivelmente você esteja falhando como alguém que leva o nome de Deus para poder pedir-Lhe socorro em tempo oportuno e viver a vida que Ele de fato sonhou pra você; por exemplo: Que tipos de pensamentos tem ocupado a sua mente? Como você tem revelado Senhor as pessoas ao seu redor incluído a família de forma geral, o cônjuge, o noivo (a), o namorado (a), os amigos, entre outros? Suas redes sociais estão falando de Cristo ou de seus gostos pessoais? Enfim! Buscar descobrir, por meio da submissão e direção do Espírito Santo como é possível experimentar do Seu fruto de forma prática não teórica, da boca pra fora (Gálatas 5:22-25; Filipenses 2:13).

Assista "tema introdutório" (canal YouTube: Pr. Adevertir Pogian) 


Material disponível em PDF: Baixar (fazer download)



[1] Adaptado por Adevertir Pogian da obra de Randy Maxwell, Se meu povo orar (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 12-172. Disponível em: http://adevertir.blogspot.com/2021/04/o-povo-do-nome.html 

[2] NOME. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2021. Disponível em: <https://www. dicio.com.br/nome/>. Acesso em: 3 de abr. 2021.

[3] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 49.

[4] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 49.

[5] Em hebraico pode apontar para aquele [uma pessoa] que segura pelo calcanhar de outro (ver Gênesis 25:26; Oséias 12:3).

[6] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 50.

[7] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 50 e 51.

[8] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 51.

[9] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 52.

[10] ver (Marwell, Se meu povo orar, p. 52).

[11] Maxwell revela noutra parte do seu livro, que o Senhor “desceu até nós e nos chamou Hephzibah – “Você é meu deleite” (Isaías 62:4). Éramos estrangeiros e alienados de Deus, mas Ele nos remiu. “Chamei-te pelo teu nome, tu és Meu” (Isaías 43:1)”. (Se meu povo orar, p. 53 e 54).

[12] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 52.

[13] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 52.

[14] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 56.

[15] Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 47.

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