SOMOS FAMÍLIA
Série: Se o Meu povo orar[1]
Texto chave: “e se o
meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha
face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. (2Crônicas 7:14, ARC).
Segunda Parte – O Meu Povo.
V. SOMOS FAMÍLIA
1. Texto para reflexão. “Vós,
porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas,
agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora,
alcançastes misericórdia.” (1Pedro 2:9-10, ARA).
2. Somos família: como filhos temos
um Pai presente. Ser “o povo de Deus significa que somos família. Somos
aparentados”. Mas como pode ser isto? “Quando dizemos “Sim” a Jesus e aceitamos
o Seu convite para O seguir, qualquer que seja a nossa cor ou língua ou
história, nós nos tornamos “filhos de Deus” nascidos não de descendência
natural, “do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de
Deus” (João 1:12 e 13). [2] Se somos filhos de Deus, Ele é o nosso pai
que nos ama incondicionalmente; o apóstolo Paulo nos revela isto, ele diz:
“Porque não recebeste o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos:
Aba, Pai [ou Papai]” (Romanos 8:15). O próprio Jesus nos revela a profundidade
do plano da redenção ao dizer: “Naquele dia, pedirei em Meu nome; e não vos
digo que rogarei ao Pai por vós. Por que o próprio Pai vos ama” (João
16:26 e 27, grifos meus; cf. Salmo 46; Mateus 1:23; 28:20; João 14:9).[3]
3. Somos “tesouros de
propriedade de Deus”
Ser “o povo de Deus também
significa que somos tesouros especiais de Deus. “Sereis a Minha propriedade
peculiar” (Êxodo 1:5). “Pois vocês são povo consagrado ao Senhor, o Seu Deus.
Dentre todos os povos da face da terra, o Senhor os escolheu para serem o seu tesouro
especial” (Deuteronômio 14:2, Nova Versão Internacional, grifos meu). “E
hoje o Senhor declarou que vocês são o seu povo, o seu tesouro pessoal,
conforme ele prometeu, e que vocês terão que guardar todos os seus mandamentos.
Ele declarou que lhes dará uma posição de glória, fama e honra muito acima de
todas as nações que ele fez, e que vocês serão um povo santo para o Senhor,
para o seu Deus, conforme ele prometeu.” (Deuteronômio 26:18,19, NVI, grifos
meus)”.[4]
4. Somos “recipientes de
misericórdia” do Senhor Deus[5]
O apóstolo Pedro relata: Vós,
porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo,
mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora,
alcançastes misericórdia.” (1 Pedro 2:9,10, grifos meus).
a) Antigo Israel e o Israel
espiritual. O texto de 1Pedro 2:9-10 nos
relembra a declaração de Moisés ao antigo Israel quando disse: “Agora, pois, se
diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis
a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra
é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as
palavras que falarás aos filhos de Israel”. (Êxodo 19:5,6, grifos meus). Israel
deixou de cumprir os propósitos do Senhor e fracassou no cumprimento da missão
que lhe foi designada a cumprir, mas nós gentios alcançamos a “misericórdia” de
Deus (1Pedro 2:10), passamos a ser considerados Seu povo, Sua Igreja, o Israel
espiritual (Efésios 2:19-22; Gálatas 6:16).
b) A missão do Israel espiritual.
Como Israel espiritual devemos compreender que somos considerados em Cristo
(Graça) através da promessa feita a Abraão “co-participantes da natureza
divina” (2Pedro 1:4; cf. Gênesis 12:1-3), tirados das trevas para a luz (1Pedro
2:9; Efésios 2:1-10) e, logo convidados para sermos imitadores de Cristo sendo
o “Sal” (possuir o caráter de um cidadão do Céu) e a “luz” (testemunhas de
Cristo) para o Mundo estando em Cristo (João 8:12; 9:1-11, 39-41; 15:5; Mateus
5:13-16).
5. Somos amigos do Pai por
meio de Cristo Jesus[6]
Cristo disse aos Seus discípulos:
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos
seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos
chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos
chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”.
(João 15:13-15). Pelo sangue de Cristo somos considerados amigos de Deus, mas
não podemos nos esquecer que isto custou ao Pai um alto preço a morte do Seu
Filho (João 3:16; 1Coríntios 6:20). A gratidão, submissão e a priorização ao
Pai promovem bênçãos no sentido vertical e horizontal a nós seus amigos (Mateus
6:33-34; João 15:5; Atos 2:42-47).
6. A oração e o Estudo da
Palavra de Deus é o segredo para vencer o Mal.
O Evangelista Mateus deixa bem
claro que a graça nos deixa uma porta aberta de acesso ao Pai que está desejoso
em atender-nos as petições se o buscarmos de coração sincero confiando na
providência dEle, pois Ele nunca falhará e jamais dará algo que nos machuque (Mateus
7:7-11; cf. Isaías 22:22; Apocalipse 3:7-8). O privilégio do estudo da Bíblia e
a prática da oração ao Pai nos possibilita compreender que temos uma arma que
nunca falha no combate contra o inimigo, Jesus mesmo venceu Satanás no deserto
da tentação utilizando a Palavra em atitude de oração (Mateus 4:1-11) e, como
diz Maxwell: “Nosso Pai deseja dar-nos o divino poder “para destruir
fortalezas... e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus” (II Coríntios
10:4 e 5). [...] E a única arma de ofensiva que Deus proveu é a “espada do
Espírito, que é a Palavra de Deus” (Efésios 6:17). A Palavra declara: “Não
temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu!” (Isaías
43:1, grifos meu)”.[7]
Podemos vencer o mal nos submetendo ao Pai com total confiança e renúncia do Eu
(Tiago 4:7-11). Por meio da Palavra poderemos ter a avida iluminada com as
coisas do Céu, desejaremos obedecer a Lei e ansiaremos por fazer a vontade do
Pai (Salmo 119:9-16; 105; João 17:17; 2Timóteo 3:16-17). Ellen G. White sobre o
assunto destaca: “Satanás sabe que todos aqueles que negligenciam a oração e o
estudo das Escrituras, serão vencidos por seus ataques. Portanto, inventa todo
artifício possível para ocupar a mente”.[8]
Portanto, não podemos brincar nessa intensa batalha! Maxwell nos deixa um conselho:
“Vá ajoelhar-se e brandir a espada de Deus contra o inimigo. Aprenda a
confrontar cada crença falsa com uma verdade específica da Palavra de Deus”.[9]
7. Jogue fora o pão velho e bolorento
“Está você, pela falta de oração,
se apegando a um pedaço de pão bolorento, quando Deus está lhe oferecendo a
oportunidade de se banquetear? Tudo que Ele possui – “toda sorte de bênçãos
espirituais” (Efésios 1:3) – está, exatamente agora, disponível a você. Está
disponível através da oração. Não quer você ajuntar-se ao piquenique do Senhor?
Há sempre lugar para a família – e isto quer dizer você. Venha participar”.[10]
8. Desafio. Se somos parte
da família de Deus tirados das trevas espirituais mediante a graça de Cristo e
considerados filhos seus, não podemos caminhar rumo a morada eterna sem levar
familiares, amigos, conhecidos e até mesmo desconhecidos conosco. Portanto, se
desafie a estudar a Palavra de Deus com alguém; decida fazer uma Classe
bíblica, um Pequeno Grupo em sua casa, escreva uma mensagem especial que fala
de Jesus nas redes sociais. Enfim! Só não deixe de proclamar Cristo ao próximo,
pois já “é a última hora” (1João 2:18) e o tempo de graça está chegando ao fim
como nos relata White: “Não temos tempo a perder. O fim está próximo. Em breve
a ida de um lugar para outro a fim de transmitir a verdade será cercada de
perigos à direita e a esquerda. [...] Cumpri-nos olhar de frente nossa obra, e
avançar o mais depressa possível em luta intensa” (Testemunho para a Igreja,
vol. 6, p. 22). Uma dica especial para o cumprimento da missão em nossa
vizinhança é dada por White, ela diz: “Devemos sentir que é o nosso dever
trabalhar especialmente pelos que são da nossa vizinhança. Pensem na melhor
maneira de ir em socorro dos que têm nenhum interesse nas coisas religiosas. Ao
vocês visitarem seus amigos e vizinhos, mostrem interesse no bem-estar
espiritual deles, da mesma maneira que o fazem em relação ao que é temporal.
Falem para eles de Cristo como um Salvador que perdoa o pecado. Convidem os
vizinhos para a casa de vocês, e leiam partes da preciosa Bíblia e de livros
que expliquem as verdades. Diga a eles para se unirem a vocês em cânticos e
orações. Nessas pequenas reuniões, o próprio Cristo estará presente, segundo
prometeu, e os corações serão tocados por Sua graça”. (A Ciência do Bom
Viver, p. 152).
[1]
Adaptado por Adevertir Pogian da obra de Randy Maxwell, Se meu povo orar
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 12-172. Disponível em: http://adevertir.blogspot.com/2021/04/somos-familia.html.
[2]
Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 37.
[3]
Detalhes ver Marwell, Se meu povo orar, p. 37-38.
[4]Ibid.,
Marwell, Se meu povo orar, p. 40.
[5]
Detalhes, cf. Marwell, Se meu povo orar, p. 43 e 44.
[6]
Detalhes, cf. Marwell, Se meu povo orar, p. 41-43
[7]
Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 39.
[8]
Ellen G. White, O grande Conflito: acontecimentos que mudarão o seu futuro
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007), p. 223. (Edição condensada).
[9]
Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 40.
[10]
Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 45 e 46.
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