IMAGINE
Série: Se Meu povo orar[1]
Texto chave: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. (2Crônicas 7:14 – ARC).
Primeira Parte – SE.
Durante muito tempo, Davi sonhou e desejou
construir um templo de adoração físico, que fosse estático (imóvel, parado)
para Deus, mas ele era um homem sanguinário, o que o impossibilitou de ser o
principal agente da tarefa e fosse tão-somente aquele que faria os preparativos
para a construção do mesmo; o Senhor usou de misericórdia fazendo com ele uma
aliança: prometendo que por meio de um dos seus filhos (isto é, Salomão) o
templo seria construído para a Sua glória ( ver 2Samuel 7:1-29; 1Crônicas
17:1-27; 22-29). Tudo aconteceu como lhe fora prometido.
Salomão fez os preparativos para
edificar o templo (1Reis 5:13-18; 2Crônicas 2:17-18) e passou a edifica-lo com
todos os cuidados possíveis até que este ficasse pronto e fosse posto nele tudo
o que era necessário para o bom andamento das atividades que ali deveriam ser
executadas (2Reis 6:1-8:1-11; 2Crônicas 2:17-5:1-14).
Ao fim da construção e ajustes
devidos, Salomão em gratidão relembrou o seu povo sobre a bondade do Senhor,
pois Ele havia derramando bênçãos na vida dos seus antepassados habitando no
seu meio por meio do santuário móvel e também a respeito do cumprimento da
promessa feita a Davi seu pai quanto a construção do templo (imóvel) para a Sua
habitação (Êxodo 19:9; 20:21; 25:8-10; Levítico 16:2; Salmo 97:2; 2Reis
8:12-21, 22-53; 2Crônicas 6:1-11).
Depois disto, Salomão orou
dedicando o templo a Deus reconhecendo que aquele lugar deveria ser um núcleo
de oração e adoração unicamente voltados para Ele; descreveu toda a
circunstâncias do momento em glorificação, solicitou uma bênção a descendência
de Davi e por fim, pediu-Lhe que aceitasse o templo para Sua morada no meio do
Seu povo os adoradores (1Reis 9:1-9; 2Crônicas 6:12-41).
Como resultado, a glória do
Senhor encheu o templo em demonstração clara de Sua presença; o povo adorou e
celebrou em júbilo (1Reis 8:62-66; 2Crônicas 7:1-10).
A aliança do Senhor com Salomão
(1Reis 9:1-9; 2Crônicas 7:11-22). Possivelmente, após treze anos da dedicação
do templo e o término da construção do Palácio real (1Reis 7:1; 9:1-10), Deus
apareceu a Salomão pela noite respondendo a Sua oração de dedicação do templo
que trazia uma série de pedidos expondo como cada um deles poderiam ser atendidos
de acordo com as escolhas que ele e o povo fariam diante dEle o Soberano sobre
todos os homens (2Crônicas 6:14-42; 7:11-22).
Destacaremos a seguir 2 Crônicas
7:14[2]
que traz uma belíssima promessa da parte do Senhor ao Seu povo para que tenha
uma vida de paz como resultado do relacionamento fiel a Ele que é o Criador e o
Mantenedor dos seus filhos.
II. IMAGINE
1. Compreendendo o “Se” – considerações
iniciais. A partícula “Se”, segundo o Dicionário de Online de Português vem
do latim e expressa “reciprocidade” [3];
ou seja, uma correspondência entre duas pessoas por meio de algo ou um
relacionamento construído entre ambos. Randy Maxwell em sua obra “Se o meu povo
orar” explica da seguinte maneira, ele diz: “SE fala de potencial, de possibilidade,
de chance. O futuro poderia para isto, ou poderia parecer aquilo. O resultado
poderia ser este, ou poderia ser aquele. Tudo depende das ações, que são
determinadas pelas escolhas, que uma vez foram pensamentos pesados nas escalas
de resultados imaginados. E, no centro desses pensamentos, estava o SE
pendurado na balança”.[4]
Ele também expressa: “Seu poder é ainda maior quando aplicado ao aqui e agora,
onde as consequências de nossas escolhas ainda se acham em nossas mãos. Agora,
quando o futuro se estende diante de nós como os dois braços de uma estrada.
Agora, quando a escolha ainda é nossa”. [5] Maxwell ainda pontua: “Porém,
quando o SE passa para o passado, o seu poder fica geralmente restringido à
imaginação. Aqui, nós podemos apenas fazer jogos mentais, com um resultado que
poderia ter sido SE tão-somente...”.[6] Na última parte da descrição, ele
trata das decisões tomadas no passado que definiram conquistas ou perdas com
base naquilo que foi priorizado por uma pessoa; evidenciando o princípio de
“Causa e efeito”.[7]
Ao tratarmos do texto em questão,
depois desta explicação fica mais fácil compreendermos o papel do “Se” já no
início da fala de Deus com Salomão. Maxwell nos ajuda refletindo a problemática,
ele ressalta simplificando: “Que curso de ação está Deus pedindo que Seu povo
persiga, em II Crônicas 7:14? De maneira muito simples, Ele está pedindo que
nós nos humilhemos, oremos, busquemos Sua face, e nos arrependamos. Qual é o
resultado prometido? Orações ouvidas, pecados perdoados, e cura. A promessa é
fantástica. É disso que necessitamos. Mas, tudo está pendurado no grande SE lá
no começo”.[8]
2. Desafio. O desafio
proposto é aquele que veio como resultado das intensas orações de Maxwell ao
olhar para a realidade de sua igreja onde ele era membro; com uma “declaração
de missão”, numa reunião incentivou a todos os que desejassem, sentissem a
necessidade de orar e consagrarem intensamente a vida a Deus para que pudessem
ser uma bênção nas mãos dEle, deveriam orar diariamente por um tempo específico:
“(1) pelo derramamento do Espírito Santo, (2) por um reavivamento individual e
corporativo, e (3) pela guia de Deus para descobrirmos a missão e o trabalho de
nossa igreja”.[9]
Assista "tema introdutório" (canal YouTube: Pr. Adevertir Pogian)
[1] Adaptado por Adevertir Pogian da obra de Randy Maxwell, Se meu povo orar (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 12-172. Disponível em: https://adevertir.blogspot.com/2021/04/imagine.html.
[2]
[3]
SE. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto:
7Graus, 2021. Disponível em: <https://ww w.dicio.com.br/se/>. Acesso em:
27 de mar. 2021.
[4]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 14.
[5]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 14.
[6]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 14.
[7]
Ver Maxwell, Se meu povo orar, p. 14-15.
[8]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 15.
[9]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 18.
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