MUITO MAIS PAIXÃO PELA ORAÇÃO (INTERCESSÃO)
Série: Se o Meu povo orar[1]
Texto chave: “e se o
meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha
face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. (2Crônicas 7:14 – ARC).
Quinta Parte – E orar.
XI. MUITO MAIS PAIXÃO PELA ORAÇÃO (INTERCESSÃO)
1. Texto para reflexão. “E
a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver
cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns
aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é
poderosa e eficaz”. (Tiago 5:15 e 16, NVI).
2. O valor da “confissão de
erros cometidos” e a “oração intercessora” entre os cristãos. O texto de
Tiago 5:15 e 16 trata de dois assuntos essenciais: (a) a “confissão de pecados”
cometidos às pessoas ou grupos envolvidos que pode promover cura e restauração,
uma vez que tal ato pode ser causadores de enfermidades físicas, mentais e
espirituais; e, (b) a “oração intercessora” como uma espécie de expressão de fé
em Deus e uma demonstração de amor ao próximo que resultará em bênçãos mútuas,
pois “Muito pode, por sua eficácia, a oração do justo”. (Tiago 5:16b, ARA). Este
conselho, se aproxima do modelo de oração intercessora no discurso de despedida
deixado por Cristo na oração sacerdotal, contudo em Sua prece Jesus vai muito
mais além, pois:
·
Ele ensinou os Seus discípulos a orar por si
próprios como Ele o fez quando orou por sua glorificação (João 17:1-5);
·
Ele ensinou os Seus discípulos a orar pelos seus
líderes (pessoas que são escolhidas por Deus para liderar Sua Igreja, Seu povo)
como Ele o fez orando ao Pai pedindo a Ele pelos seus discípulos que foram separados
como líderes especiais (João 17:6-10), clamando-Lhe pela proteção deles (João
17:11-13) e, solicitando dEle um acompanhamento para que eles pudessem ser
mantidos distantes das coisas do mundo (João 17:14-19);
·
Ele ensinou os Seus discípulos a orar pela
conversão de outras pessoas que eles entariam entrando em contato revelando as
novas do Evangelho (como evangelizadores e discipuladores) tal como Ele o fez
quando clamou ao Pai por todos eles e, por aqueles que viriam a crer nEle por
meio da fé através do estudo da Palavra desejando-lhes que praticassem a união
que advém como resultado da prática do amor ao próximo (João 17:20-26).
Na verdade, nas palavras de
Cristo estão revelados o verdadeiro “propósito e o poder da intercessão”.
3. O propósito e o poder da
intercessão.
Noutro texto o próprio Jesus
disse: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também
as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E
tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.”
(João 14:12-14, ARA). Como ressalta Maxwell: “Jesus estava confiando Seu
trabalho e Seu reino às mãos de Seus discípulos. Eles deveriam assumir o papel
dEle e realizar obras ainda maiores do que as que Ele realizou. Como? Pelo
poder que Ele teria depois de retornar para junto do Pai [ver Mateus 28:18;
Filipenses 2:5-11]”.[2]
Esclarece a questão Andrew Murray em sua obra “Com Cristo na Escola da Oração”
ao dizer que o caminho para que o poder de Cristo seja recebido é por meio da
oração, ele completa: “Os sucessos e vitórias deles [discípulos] devem ser
maiores que os dEle. Cristo menciona duas razões para isso. Uma é que Ele
estava retornando para junto do Pai para receber todo o poder; e outra é que
eles agora poderiam pedir e esperar por esse poder em Seu nome. ... Quando
Jesus esteve aqui na Terra, Ele mesmo fez as maiores obras. Os demônios, que os
discípulos não puderam expulsar, fugiram diante de Sua palavra. Quando Ele foi
para junto do Pai, Ele já não estava aqui para trabalhar diretamente. Agora,
Seus discípulos eram o Seu Corpo. Todo o Seu trabalho desde o trono do Céu tem
que ser e pode ser feito aqui na Terra através deles.”[3]
Ellen G. White agrega dizendo: “A
agências humanas é comissionado o trabalho de estender os triunfos da cruz de
um ponto a outro. .... A todo aquele que se entrega ao Senhor para trabalhar,
sem nada reter, é dado poder para alcançar resultados imensuráveis. ... Tudo
que os apóstolos fizeram, deve fazer hoje cada membro da igreja.”[4]
Tendo isto em mente, deve ficar
claro a cada cristão que professa Cristo como denota Maxwell que: “Não estamos
aqui meramente para cantar, cochilar durante o sermão, fazer barganhas sobre
trivialidades religiosas, preencher o envelope de dízimo, e esperar que Jesus
nos Ilumine. [...] Mas, ser um conduto da graça agora, além de ser uma
excelente aspiração, é também algo de que este mundo sofredor desesperadamente
necessita”.[5]
4. Quando o intercessor
necessita de um intercessor.[6]
Não podemos negar, que nem sempre
somos fortes o bastante para nos manter de pé, às vezes vacilamos na jornada
cristã; por isso, é que não podemos caminhar a sós, poderemos contar com alguém
que seja um apoiador, uma espécie de dupla especial. Vejamos:
·
Primeiro, compreenda que Jesus é o Seu
intercessor (ver Hebreus 7:25);
·
Segundo, cultive os seus próprios
intercessores. Noutras palavras, tenha sempre um “mentor espiritual” como o
cônjuge, alguém da família ou um amigo que lhe apoie nas suas intercessões;
·
Terceiro, tome posse de sua posição de
sacerdote e rei. Tal como fazia Jó por seus filhos (Jó 1:5; ver 1 Pedro 2:9;
Apocalipse 1:6)[7];
·
Por último, conduza a água. Como ressalta
Maxwell: “Nem todos são chamados para ser missionários. Mas todos cristão é
chamado para ser intercessor. A partir da sala de sua casa, você pode conduzir
a Viva Água de Cristo aos lugares desérticos de sua família, igreja,
comunidade, nação, mundo”.[8]
5. Desafio.
“Siga adiante. Interceda em favor de seus filhos, seu pastor, seu prefeito,
membros do Congresso, agentes comunitários da ADRA, vítimas da Aids,
assaltantes e malfeitores das favelas de nossas grandes cidades, e em favor dos
milhares que morrem na África, e dos seus vizinhos que estão morrendo, com os
quais você se relaciona diariamente no seu quarteirão.” Afinal, “O seu Salvador
e Rei anseia cooperar com você para estender os triunfos de Sua cruz e
estabelecer o Seu reino”.[9]
Assista "Muito Mais Paixão Pela Oração (Intercessão)"
(canal YouTube: Pr. Adevertir Pogian)
[1]
Adaptado por Adevertir Pogian da obra de Randy Maxwell, Se meu povo orar
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), p. 12-172. Disponível em: http://adevertir.blogspot.com/2021/04/muito-mais-paixao-pela-oracao.html.
[2]
Ibid., Marwell, Se meu povo orar, p. 106-107.
[3]
Andrew Murray, With Christ in the Schol of Prayer [Com Cristo na Escola
da Oração] (Springdale, Penn.: Whitaker House, 1981), p. 140-141 citado na obra
de (Randy Maxwell, Se meu povo orar, p. 107).
[4]
Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 30 e 33 citado por
(Maxwell, Se meu povo orar, p. 107).
[5]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 108.
[6]
Detalhes ver Maxwell, Se meu povo orar, p. 108-114.
[7]
“Considera-se o sacerdote como alguém que apresenta ofertas a Deus, ... e neste
sentido todo cristão tem o privilégio de apresentar a Deus ‘sacrifícios
espirituais’ – a oração, intercessão, ações de graças, e glória. ...
Considerando que todo cristão é um sacerdote, ele pode chegar-se a Deus em
favor de si mesmo e de outros, sem a mediação de qualquer outro ser humano” (Francis
D. Nichol, ed. The Seventh-day Adventist Bible Commentary [Comentário
Bíblico Adventista do Sétimo Dia] (Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing
Association, 1980), vol.7, p. 733 citado por (Maxwell, Se meu povo orar,
p. 111).
[8]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 113.
[9]
Ibid., Maxwell, Se meu povo orar, p. 113.
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